Small Bumps

•14/04/2013 • Deixe um comentário

Sabe, eu muitas vezes me pego pensando em alguém. Muitas vezes foram aquelas que passaram pela minha vida e de alguma forma, floresceram. Foram os mais variados sentimentos, desde companheirismo, culpa, paixão, raiva, amor. O pior é que eu normalmente vou de peito aberto, sempre me entrego ao máximo em todas as situações, eu sei que não é fácil, mas eu não sou de amar pouco. Eu gosto de ser intenso, eu gosto de amar até o ultimo fio de cabelo.

 

Eu paro por alguns segundos, sinto falta do teu perfume, sinto falta do teu sorriso, sinto falta do que nós éramos. É um retalho de vidas, de histórias que vão se costurando e dando o ligamento da minha vida. São alguns sorrisos, seguidos de olhares e suspiros. Alguns poucos gemidos e muitos risos. É cada uma que eu tive, que eu tentei, que eu perdi.

 

Não fosse essa minha mania de grandeza, talvez eu as tivesse, ou não. São tantos poréns que eu já nem sei mais o que é verdade, o que é sonho e o que é ilusão. São tantos planos, rabiscos, rascunhos, murmúrios, beijos, casas, viagens, filhos…

 

Sempre tive o sonho de constituir família, continuar a linhagem dos Bargiela, dei como meta a mim mesmo que caso eu esteja perto dos meus 30 anos, solteiro e bem de vida, vou adotar. Ter algum moleque pra dar bronca, limpar o joelho ralado da filhota, lutar com alguns fantasmas em armários, ouvir bronca de professor na escola, ficar sujo de comida, varar a noite acordado e acompanhando a febre. É gravar vídeo pra por no youtube, ficar ouvindo sobre aquele garoto lindo na escola que não lhe dá bola, dar aquele conselho sobre como as mulheres são cruéis.

Mas até lá, eu vou continuar na minha. Quem sabe não acaba aparecendo alguém de surpresa, me fazendo sorrir?

Fiction. When we’re not together.

•26/02/2013 • 1 Comentário

É meio clichê dizer, mas normalmente a nossa vida é como se fosse uma peça teatral, com os mais variados personagens. Tem aqueles que passam sem deixar marca, aqueles que muito ficam e pouco mudam, outros que passam rápido mas fazem-nos lembrar deles para sempre. Mas tem aquelas pessoas que acompanham a gente, desde sempre, e parece que a cada dia que passa se tornam mais e mais importantes.

Eu já falei dela aqui antes, disse sobre decepções, pingentes e anjos. Mas dessa vez é diferente, não sei, talvez sejam os meus quilos a mais, ou até mesmo a minha maturidade e experiência adquirida depois de tanto tempo. Daqui algumas semanas, o texto terá aproximadamente três anos. Algumas vezes eu acho que foi ontem, outras me parece até mesmo uma vida passada de tão distante.

Ontem ela veio aqui em casa, como não o fazia há muito tempo. Tanto tempo, que eu sinceramente nem sei exatamente quando.  Como eu costumo fazer aos finais de semana, perguntei o que ela fazia e para a minha surpresa a resposta foi um pouco diferente das tantas outras que ela tinha me dado: “Pode ser”. Aquilo já era o suficiente pra me alegrar pelo resto da semana, ou até mesmo aquele dia. Tínhamos decidido que eu ia comer alguma coisa, tinha acordado varado de fome e não estava com vontade de cozinhar nada, e depois da minha refeição passaríamos alugar um filme que ela queria assistir.

Uma das coisas que eu tenho certeza nesse mundo, é que ela me faz e sempre me fez muito bem. Com todas as suas manias, os seus sorrisos, suas incertezas, suas vontades, suas infantilidades. Já passamos por tanta coisa, que é até engraçado lembrar às vezes. Seja o dia que eu a conheci, que nós fugimos pelo seu bairro, o teu aniversário, a páscoa, os filmes, o teu cheiro.

Falando no teu cheiro, fazia tempo que eu não dormia bem assim. Vai ver porque você ficou deitada com o meu travesseiro, agarrada na minha coberta, dormindo nos meus sonhos.

Parei o carro na frente da casa dela e esperei. Detesto os dias quentes em Piracicaba. Na verdade, odeio qualquer dia quente, pra mim podia ser inverno pra sempre. Apesar de impedir ver o que eu vi ontem, um vestido bege com alguns rabiscos, um cinto de corda e uma melissa dourada. Ela sempre se preocupa em ficar bonita pra sair, seja comigo, seja com qualquer outra pessoa.

Minha vontade de comer Temaki, ou qualquer comida japonesa. Era uma reprise da madrugada que eu tive em Campinas com alguns amigos. Assim como nos últimos anos, meu olho foi maior que a minha barriga e acabei pedindo mais comida do que eu podia aguentar. Ela ria da situação, apesar de ficar incomodada com o cheiro de peixe.

Tive de passar na locadora, pegamos o filme Millenium – Os Homens que não amavam as mulheres, já tinha assistido no cinema mas é sempre bom rever filmes bons. Dei um pulo em uma padaria ali ao lado, como minha mãe tinha pedido e levei algumas coisas para o lanche da tarde. Os beliscões que eu tomei dela depois de uma piada idiota, foram provavelmente os mais doloridos e mais carinhosos que eu já tinha levado.

Sempre somos assim, todo mundo acha que estamos juntos. Mas não estamos.  No caminho para casa ela diz que o carro muda, mas as músicas continuam as mesmas. Mal sabe como eu me preocupo em agrada-la.

Gosto de ficar confortável em casa, o tempo que eu tive de ir até o banheiro e trocar a calça jeans por um shorts, foi o tempo que ela teve para arrumar a minha cama. É muito amor pra uma pessoa só.  Eu tenho uma bi-cama, meus pais decidiram fazer assim para quando fosse receber alguém, mal sabem eles como tem me ajudado. Puxei a parte de baixo, arrumei o blu ray e deixei a TV virada para nós. Desde que instalei o ar condicionado no meu quarto eu não consigo ficar com ele desligado, tenho pavor de passar calor.

O filme ia passando e nós continuávamos deitados. Ela na minha frente e eu abraçado sentindo os seus pés gelados fugindo dos meus, ela tem cócegas de tudo. Seja nos braços, na barriga, nas pernas, até nas orelhas. As vezes eu só queria que o filme fosse mais longo, assim eu podia passar mais tempo com ela. Mas assim como em todos os nossos encontros, ela precisa ir embora.

Eu sempre sinto falta do gatinho lilás.

Toda primavera tem seu fim

•26/03/2012 • Deixe um comentário

E hoje, faz um ano, que eu dediquei aquela parte de mim a ela.

Não tem mais graça tomar o refrigerante, as coisas não são mais as mesmas, de como eram antigamente. Os beijos já não são mais os mesmos, os sonhos, os desejos.

Sem humanidade

Sem verdade

Sem vontade

Sem

vida

#Pitofdespair

Completo

•04/03/2012 • Deixe um comentário

plenitude

s. f.

1. Estado do que se acha completo, inteiro, cheio.

2. Superabundância, grandeza.

3. Uso legal.

Não são todos que sabem o que é ter a plenitude, do que é ter certeza de que nenhuma peça está faltando. De que o sorriso que brota nos teus lábios, todos os dias, tem um único motivo. Plenitude não vem só do amor, às vezes é o trabalho, outras o dinheiro.

Ainda sim, depois de todo esse tempo, sinto um vazio dentro de mim. Falta aquele sentimento que ardia que me movia que me transformava. É a falta de algo que trazia o carinho, preocupação e os sorrisos. Hoje me sinto como um robô, com algumas peças faltando, que caíram ao longo do caminho. A estrada dos tijolos amarelos, vão adquirindo um tom cada vez mais mostarda, mais escuro… Mais tenebroso.

É algo que não se pode substituir, é algo que não se pode aprender, é algo que não pode se comprar. Não é a falta dEla, eu sinto falta do que eu sentia por Ela. É a falta de ter alguém pra amar, alguém com quem se preocupar, alguém que você sabe que vai lhe mandar um sms todo dia, dizendo bom dia e agradecendo por existir. É alguém lhe ligando, só para ouvir a sua voz e saber se está tudo  bem com você.

Falta o ser bem quisto, falta o sentimento ser reciproco. Ser verdadeiro.

É dizer o “Eu te amo” com sinceridade.

Sinceridade.

All he ever does is walk alone

All he ever does is walk alone

Poems

•03/03/2012 • Deixe um comentário

Um dia, as crianças viram homens. Um dia o príncipe vira rei. Um dia, meu sonho virou você.

A personificação do meu sentir. A vontade do meu viver. A realização do meu sonhar.

Uma relação hiperbólica de hormônios, de beijos, de vozes.

Criando um polissíndeto onomatopéico de gemidos e pedidos.

Um paradoxo de antíteses desconexas que só me trazem a sua voz. Os teus toques.

Uma sinestesia irônica, que nos remetem a uma alegoria amorosa.

Tentativas disfémicas de nos afastarem.

Porque é a nossa metáfora anfibológica, que nos leva ao Climax,

do nosso amor.

 

Andei, cai, sentei.
Olhei, pensei, imaginei.
Gostei, sonhei, amei.
Chorei, Implorei, perdoou.

Sonhei, amei, olhei, imaginei, amei, realizei, perpetuei, amei.

Amo.
Amei.
Amarei.
Amaria.
Ame.

Imortalizei.

O seu amor.
O nosso amor.

Blame Game

•23/02/2012 • 4 Comentários

Há quase três anos, nesse mesmo blog eu postei esse trecho,

Amor vem de convivência, paixão é momentânea e na maioria das vezes ela é apenas combustível para algo possivelmente maior. Você dificilmente irá passar a namorar uma pessoa que você conhece a pouco tempo. Grandes relacionamentos vem de pessoas que você já conhecia, ou mesmo, passou um bom tempo conhecendo. Uma velha amiga, um vizinho ou até mesmo um ficante de mais de mês.”

“Let’s play the blame game, I love you, more”

Incrível como os meus relacionamentos se baseavam em uma intensidade imensa, que se transformava em algo mais prolongado. Tive um relacionamento de dois anos e dois meses, que felizmente me ensinou muita coisa. Mas nenhum aprendizado vem sem esforço, sofrimento e contradições.

“Let’s play the blame game, for sure”

Fechei-me para o mundo, para as pessoas. Era um colete que eu vestia, contra as balas dos relacionamentos. É o receio de se machucar ainda mais. Um soldado que retorna da guerra, com uma medalha pendurada em seu peito, mas com feridas profundas, que ele sabe que irá demorar a cicatrizar.

“Let’s call her names, names, I hate you, more”

Continue lendo ‘Blame Game’

Todo verão tem seu fim

•22/03/2011 • 1 Comentário

É muito complicado sentar e escrever aqui o que tem acontecido.

Eu gostaria de simplificar as coisas

Me sinto pelado sem a aliança no dedo. Sinto-me fraco sem ela.

É o meu anel do poder, mas não é verde. Ele representava tudo o que era mais belo, mais importante simbolo do meu amor por ela.

Amor, muitas vezes não demonstrado. Muitas vezes falho.

Eu sinceramente, não sei mais o que fazer.

A ignorância é uma dádiva.

•05/03/2011 • Deixe um comentário

É um tanto quanto interessante, dizer que nos últimos tempos ser inteligente virou meio que, moda. Eu particularmente achava que era só a questão do ser Nerd, mas com o advento das mídias sociais, postar “verdades óbvias” tornou-se costumeiro, assim como um dia qualquer na universidade.

Se preocupar com o meio ambiente, com o futuro, devaneios corriqueiros reclamando sobre como as pessoas são “comuns”. O importante é ser diferente. Diferente? No fundo temos a mesma quantidade de cromossomos,o mesmo ciclo vital, as mesmas necessidades fisiológicas e até mesmo idéias parecidas.

Claro que sou a favor da luz do conhecimento a todos. Saber soletrar uma frase complicada, não deve ser dádiva de poucos. Saber fazer uma conta de matemática com eficiência também não, muito menos entender o que está escrito na porcaria do Outdoor.

Muitas vezes saio como chato pelo fato de sempre corrigir as pessoas. Sabe, eu penso que no fundo, todos nós deveríamos falar corretamente, escrever corretamente. Ao menos com lógica. Eu sei que a correção é algo que ficará na mente do individuo durante tempo o suficiente, para que ele sempre se relembre do que disse de errado. O “é” quando na verdade seria “são”, entre tantos outros erros corriqueiros.

Nossa língua é tão rica! É tão bonita! Todos sabem que uma boa oratória é apaixonante, vai dizer que você não fica encantado (a) com alguém que pronuncia as palavras corretamente, que sabe usar as virgulas e pausas corretamente durante uma palestra. Creio que nada machuca mais do que vícios linguísticos. Maldito Gerundismo.

Particularmente me machuca mais do que um tapa na cara, é quando pessoas que deveriam transpirar conhecimento, acabam se atrapalhando no item mais básico do ensinamento do professor. A fala.

Sabe, as vezes é foda duro ser inteligente.

Sério, incomoda.

Muita gente.

Quando você tem a resposta para tudo, quando compreende tudo, quando você questiona algo que parece óbvio para os outros. Você acaba se tornando chato.

As vezes queria ser um pouco mais burro, para sair como o engraçado da turma.

Things have changed

•21/09/2010 • Deixe um comentário

Até esses dias eu posso dizer que estava completamente desacreditado sobre o meu futuro aqui na Florida. As coisas realmente não estavam/estão indo da maneira que eu havia planejado. Dinheiro, Amigos, Festas, Comida, Dúvidas. Eu estava crente que hoje seria um dia completamente comum. Sentado no computador, conversando com o Brasil. Até que apertaram a campainha freneticamente, eu tinha certeza que era a Ana, só que com ela tinha um outro garoto. Nick, a maior coincidencia é que ele é onze meses mais velho do que eu.

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Liberté, Liberté, Liberté.

•18/01/2010 • Deixe um comentário

Quando o sopro da liberdade bate nos nossos cabelos, nos tocando de uma maneira única e diferenciada, nós realmente percebemos que as coisas estão mudando. Não é só o simples fato de ter dinheiro. Não é o simples fato de morar longe dos pais, ou do teu país. É ter as suas próprias preocupações, mesmo que pequenas, o lance do se virar “sozinho” fazendo todo o sentido.

O pior de tudo é quando não conseguem acompanhar o teu ritmo, especialmente quando está fazendo alguma coisa, ou então, tentando acelerar o passo para chegar em algum lugar. Decidir a onde vai, com quem vai e quando vai. Quanto vai pagar, qual é melhor, o que comer, o que beber. Eu sei que no começo é um tanto quanto tentador, mas depois você se acostuma e acaba percebendo que não passa da mesma coisa de sempre.

Posso dizer que essa experiência aqui nos estados unidos tem sido mais do que importante para mim. Já que tenho poco mais de 63 dias para ficar em terras do Tio Sam, pretendo aproveitar da melhor forma possivel. Vou ao Pro Bowl (Primeiro jogo de Futebol Americano que irei assistir em minha vida), vou gastar todo o dinheiro que eu tiver (Mas não de maneira que me faça passar fome), sair daqui sem pensar em uma única coisa que eu não fiz ou então sentir arrependimento de algo.

Existem poucas coisas que eu sinto falta no Brasil. E eu me recordo todas as vezes que olho para a mão direita. É a falta daquele carinho, daquele abraço, aperto gostoso. Daquela coisa mais carnal, das palavras adocicadas, dos machucados por falta de jeito com as coisas. O sorriso, o perfume, o tom da voz, o calor das mãos e o olhar calmo. É duro acordar todas as manhãs e não sentir o teu gosto na minha boca.

Mas acho que vou voltar para o meu entretenimento, aqui no aeroporto de Newark, enquanto espero o meu voo as 4 horas da manhã, já que agora são meia noite.